Imploding Stars [Crítica]


   São 23h. Chego a casa após ter comprado o EP Young Route dos Imploding Stars «para ajudar» já que a banda disponibiliza o EP para download gratuitamente. Ponho o cd no leitor, atiro com as sapatilhas e sento-me no sofá.

   Tenho então a primeira faixa «Turn off that star». Parece difícil falar de uma mensagem sem uma letra ou alguém a cantar, mas esta podia ser perfeitamente  banda sonora de um filme de catástrofe mundial tipo «Armaggedon», «Independence day» ou até «The day after tomorow».

   Chego a «Close your eyes, believe in lies». Para mim, a melhor do EP, mais cativante e que mexe com mais sentimentos. A beleza das guitarras nesta música faz-me esquecer completamente da falta da voz, coisa que geralmente é a primeira em que reparo. Genial.

   Já cheguei à última. A melhor maneira de descrever o padrão desta música, é esperar que o inesperado aconteça. Imagino cenários cinemáticos projectados em telas nos concertos ao vivo (fica a ideia J). Em 11 minutos e 11 segundos viajei até praias desertas, atravessei tempestades e voei. Esta música chama-se «Awakening» e é exactamente o que parece que acontece na parte final da música.

   Bandas rock de índole meramente instrumental não são vulgares por estes lados. Isso já faz do arrojado projecto dos Imploding Stars uma lufada de ar fresco na música que se tem respirado. Confesso que nunca pensei que ia gostar de um tipo de música sem vozes, mas as partes distintas em cada música fazem com que a curiosidade sobre «o que virá a seguir» nos mantenha atentos. Estou consciente que isto não é para o ouvido de todos mas não deixa de ser material com qualidade.
   
Queria também falar de influências e dizer que é um post-rock mais marcado em distorções que «God is an Astronaut» e «The all star project», mas é mais do que isso. Nas Taipas surge algo novo e diferente.




Alinhamento:
  1. Turn off that star 04:35
  2. Close your eyes, believe in lies 04:36
  3.  Awakening  11:11
João Gonçalves